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NEURODEGENERATIVO

As doenças degenerativas do sistema nervoso  tem se tornado um desfio e um obstáculo ao envelhecimento saudável da população mundial ,principalmente no Brasil ,onde a incidência de doenças neurodegenerativas vem  aumentado drasticamente ano a ano, com aumento de 117% entre 1990 e 2016  dando ao Brasil  a triste posição de segunda maior incidência  mundial com 1037 casos por 100 mil habitantes, ficando atrás somente da Turquia (1192 casos por 100 mil habitantes) (1)

Tratar esses tipos de doença como demência, Parkinson, Alzheimer, autismo, esclerose múltipla e outras doenças degenerativas se torna um desafio ainda maior, visto que os tratamentos atuais geralmente não conferem cura, fornecendo somente minimização dos danos e em algumas vezes estacionam a evolução da doença. Isso significa custos elevadíssimos aos sistemas de saúde publico e privado e que algumas vezes podem ser ineficazes para aumentar a qualidade de vida do paciente.

Tratamentos regenerativos do sistema nervoso e em especial o uso das células tronco, fatores de crescimento e exossomas são hoje exaustivamente estudados mundo a fora e com orgulho podemos dizer que somos a empresa pioneira em estudos clínicos sobre o assunto no Brasil.

Células-tronco mesenquimais derivadas da medula óssea podem promover a ativação de células auxiliares (micróglia e macrófagos), resgatar neurônios da morte celular (apoptose) e podem induzir crescimento nervoso (efeitos tróficos).

Esta é uma notícia emocionante para os familiares e pacientes que sofrem com algum tipo de doença degenerativa do sistema nervoso.

Veja abaixo os detalhes específicos de cada doença.

AVC, Derrame Ou Acidente Vascular Cerebral.

O AVC é um grande problema de saúde na sociedade, afetando milhões por ano. Existem estudos em animais e humanos que sugerem que o transplante de células-tronco mesenquimais da medula óssea pode oferecer com segurança uma terapia neuro-restauradora para vítimas de derrame. Em particular, foi demonstrado que a administração intravenosa de células tronco cultivadas do próprio paciente reduz o tamanho de um acidente vascular cerebral em mais de 20% quando administrada entre 36 a 133 dias após o acidente vascular cerebral (Honmou, et al 2011). Resultados promissores também foram achados em estudos com células tronco mesenquimais derivadas da medula óssea para derrame (Bhasin, et al, 2013) (Steinberg, 2016) quando injetadas no liquor encefálico, resgatando funções motoras e cognitivas perdidas.

Tratamentos Com Células-Tronco E Fatores De Crescimento Para Esclerose Múltipla

Ha necessidades não atendidas de terapias capazes de reparar os danos do sistema nervoso central (SNC) que ocorrem em muitas doenças, incluindo esclerose múltipla.

Infelizmente, boa parte dos pacientes com esclerose múltipla tem evolução progressiva da doença mesmo utilizando o tratamento existente e por isso tem despertado o interesse acadêmico por terapias baseadas em células-tronco.

Uma quantidade exaustiva de estudos em animais mostrou que a administração intravenosa de células-tronco mesenquimais (MSC) efetivamente melhora a encefalomielite autoimune, por meio da liberação de moléculas anti-inflamatórias e neuroprotetoras. Há evidências médicas crescentes de que o transplante de células-tronco, incluindo células mesenquimais, pode ajudar a tratar doenças autoimunes, como a esclerose múltipla (Tyndall, et al, 2016). Em um grande estudo com mais de 2.000 pacientes usando transplante de células-tronco hematopoiéticas para doenças autoimunes graves, cerca de 30% desses pacientes tiveram uma resposta completa (Tyndall, et al, 2016). O grupo do Dr. Peter Connick em Cambridge, Inglaterra, em 2012, relatou algum sucesso clínico usando a administração endo venosa de células-tronco mesenquimais autólogas (de sua própria medula óssea) em pacientes com EM. Eles registram algumas melhorias na visão. Isso foi publicado na revista médica de maior prestígio, chamada Lancet Neurology. O Dr. Burman e a equipe na Suécia em 2014 também relataram sucesso com o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) para o tratamento de EM agressiva. Aos 5 anos, a sobrevida livre de recidiva foi de 87% e a sobrevida livre de eventos de ressonância magnética de 85% e se mostrou um tratamento muito eficaz que pode ser realizado com alto grau de segurança. O Dr. Burman em 2018, escreveu um artigo de revisão resumindo os sucessos de células tronco do próprio paciente para várias doenças neurológicas.

Dr. Yamout et al também demostraram resultados semelhantes após injeção intratecal no liquor encefálico de células-tronco mesenquimais da medula óssea.

Esclerose Lateral Amiotrófica

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) – também conhecida como “Doença de Lou Gehrig” – é uma doença neurodegenerativa rara que leva à perda de neurônios motores e consequentemente à morte. Após o diagnóstico, a expectativa de vida média varia de 3 a 5 anos, e a morte geralmente resulta de insuficiência respiratória. Embora a patogênese da ELA permaneça obscura, acredita-se que vários fatores contribuam para a progressão da ELA, como interações de rede entre genes, exposição ambiental, comprometimento das vias moleculares e muitos outros. As propriedades neuroprotetoras de células-tronco neurais (NSCs) e de células-tronco mesenquimais (MSCs) foram examinadas em vários estudos de ALS com resultados promissores. Os dados desses testes iniciais indicam uma redução na taxa de progressão da doença.

Autismo

A terapia com células-tronco está agora disponível para pacientes com autismo ou transtorno do espectro do autismo (ASD) e relata uma taxa de sucesso relativamente alta de melhora neurológica significativa (Sharma, et al 2013, Sharma, et al 2012). Um estudo com vários pacientes mostrou cerca de 88% de incidência de melhora neurológica após injeção intratecal de células-tronco mesenquimais (Sharma, 2012). Em 2019, Riordan et al estudaram o sangue do cordão umbilical humano intravenoso que foi útil em crianças com transtorno do espectro do autismo de 6 a 16 anos utilizando  a escala Autism Treatment Evaluation Checklist (ATEC) e a Childhood Autism Rating Scale (CARS) e apresentaram resultados igualmente promissores.

Mal De Parkinson

O uso de células tronco mesenquimais e fatores de crescimento da medula óssea (BMAC) tem sido amplamente estudado tratar a doença de Parkinson demostrando resultados promissores tanto na melhora dos sintomas como no congelamento da progressão da doença.

Em uma vasta pesquisa clínica, Dr Zakerinia estudou 220 pacientes com uma variedade de condições neurológicas, incluindo doença de Parkinson de 2011 a 2018. Esses pacientes receberam células tronco mesenquimais e fatores de crescimento da medula óssea (BMAC) intratecal no liquor encefálico e 75% apresentaram importante melhora neurológica sem efeitos adversos significativos demostrando ser um tratamento muito eficaz que pode ser realizado com alto grau de segurança.

Células-Tronco E Exossomas Para A Doença De Alzheimer E Demência

A doença de Alzheimer (DA) como demência e doença neurodegenerativa é mais prevalente entre pessoas com mais de 65 anos de idade. Aproximadamente 50 milhões de pessoas vivem com demência em todo o mundo. Indiscutivelmente, a AD representa a crise médica, social e econômica mais significativa de nosso tempo.

A ineficiência dos tratamentos farmacológicos tradicionais e à falta de uma cura de longo prazo, deram as terapias com células-tronco, fatores de crescimento e exossomas um forte interesse acadêmico e de pesquisa que demostraram resultados promissores e com segurança de utilização em ensaios clínicos para tratar a doença de Alzheimer (Duncan, et al, 2017 e Yin et al, 2020).

P.C. Paralisia Cerebral

A Paralisia Cerebral (PC) é um grupo heterogêneo de condições que resulta em deficiência motora permanente. Estudos recentes têm sugerido que o uso de células tronco ,fatores de crescimento e exossomas  podem ter eficácia funcional ,motora e cognitiva no tratamento da paralisia cerebral – PC. Vários estudos e ensaios clinico vem sendo realizados no mundo inteiro e o que tem se mostrado mais viável é o uso de células tronco mesenquimais obtida através de aspirado de medula óssea – BMAC.

O uso intratecal no liquor encefálico realizado por Maric,A et al e  Chahine,n et al tem se mostrado extremante eficaz com melhoras importantes nos aspectos motores, locomotores e cognitivos e sem efeitos adversos importantes demostrando ser um tratamento eficaz e com alto grau de segurança.

(1) Global, regional, and national burden of Alzheimer’s disease and other dementias, 1990–2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet Neurol 2019; 18: 88–106. Published Online November 26, 2018 http://dx.doi.org/10.1016/ S1474-4422(18)30403-4.